quarta-feira, 4 de abril de 2012

Já chegaram!

No dia 24 de Março encomendei impressões de cinco das minhas fotografias na AFF. Hoje de manhã fui buscá-las. A razão da demora tornou-se evidente quando vi que as impressões vinham dentro de um canudo de cartão: eram grandes impressões (30 X 40), que requereram bastante cuidado do laboratório.
E que posso eu dizer sobre elas? Numa palavra: UAU! As fotografias vieram impressas em papel da Fujifilm, e com uma qualidade absolutamente irrepreensível: nada ficou perdido, a resolução ficou intacta; o corte das fotografias - sem margens - ficou impecável, mas o que me impressionou mais foi ter verificado que, para além da qualidade da impressão, também a qualidade da imagem é do mais alto nível. Mesmo que tivesse mandado imprimir num formato maior, a resolução seria mais que suficiente.
Não quero discutir o conteúdo das fotografias: é evidente que fiz uma selecção das que me pareciam estar entre as minhas melhores, mas esta é uma apreciação que deixo a quem vir as imagens. O que me impressionou foi a qualidade da imagem, a sua resolução; eu tive sempre a noção que uma imagem apenas adquiria o estatuto de fotografia quando impressa; as impressões que hoje fui buscar confirmaram que tinha inteira razão ao pensar assim.
Mas estas impressões confirmam algo mais - a enorme qualidade do meu equipamento fotográfico. Sabia que a E-P1 era uma boa câmara, mas não podia quantificar essa qualidade a partir de imagens que apenas existiam sob a forma de pixéis. Estas impressões confirmaram que a Olympus E-P1 é uma câmara de grande qualidade, capaz de imagens de altíssima resolução que sobrevivem bem a impressões de grande formato. Não há, em nenhuma das fotografias, qualquer vestígio de ruído ou outras aberrações que prejudiquem a qualidade da imagem. Há, nas imagens impressas, uma nitidez, uma descrição dos pormenores e uma tridimensionalidade que dificilmente se apreendem quando se vêem no computador. As impressões que hoje fui buscar desmentem por completo os cretinos que desprezam o formato micro 4/3 por causa de o sensor ser um punhado de milímetros quadrados menor em área que o APS-C, e remetem qualquer discussão técnica acerca do ISO ou da gama dinâmica para o domínio dos disparates proferidos por quem não sabe do que fala.
O mesmo se diga quanto às lentes. Das cinco fotografias cuja impressão encomendei, três foram feitas com a Pancake 17mm/f2.8 e duas com a OM 28mm/f3.5. Devo dizer que não andava muito contente com o desempenho da primeira, e que, quando fui levantar as impressões, pretendia informar-me sobre uma lente que me parece promissora, e poderia substituir a 17mm: a nova Sigma 19mm/f2.8. Quando vi as impressões, porém, deixei as perguntas por fazer. A Pancake tem, apesar de tudo, uma resolução espantosa. E é uma lente prática e versátil, a despeito das aberrações cromáticas que são o seu grande defeito. Seria injusto esperar melhor de uma lente que veio na caixa junto com a câmara: a sua qualidade é espantosa - como seria, creio eu, de esperar de qualquer lente que carrega o nome Zuiko. Enganei-me na avaliação que fiz desta lente.
Quanto à 28mm, já esperava imagens impressas de grande qualidade. Não fiquei desiludido. Esta é, apesar da abertura máxima de f3.5, uma lente notável pela sua nitidez e resolução. E, sobretudo, pelas cores que reproduz. Ver as duas impressões de fotografias feitas com esta lente faz-me questionar por que razão se perdeu tanto tempo e dinheiro a inventar lentes de focagem automática - e, ao mesmo tempo, fez-me perceber o motivo que levou a Olympus a hesitar durante tanto tempo em aderir à focagem automática. A qualidade das lentes do sistema OM - e eu tenho outra, uma 50mm/f1.4 - muito dificilmente será superada por lentes contemporâneas de focagem automática e regulação contínua da abertura.
Seria injusto não referir uma peça do equipamento que contribuiu decisivamente para a qualidade de duas das impressões - o tripé. O Triopo, com a sua cabeça de rótula, é a pechincha do século. A quantidade de pormenores aparentes numa das fotografias é quase delirante, e o tripé teve um papel essencial na recolha de toda aquela informação. Quanto às fotografias obtidas segurando a câmara nas mãos, tenho de elogiar a enorme qualidade do sistema de estabilização da imagem incorporado na E-P1.
Outra conclusão importante é a de que não preciso do Photoshop. As imagens estão excelentes tal como estão, não necessitando de quaisquer retoques para além dos que receberam no Olympus Viewer 2. A qualidade das impressões veio confirmar esta minha opção, tomada há muito, de rejeitar a manipulação de imagens no Photoshop.
Já o disse: uma fotografia, enquanto ficheiro de imagem, é um botão à espera de desabrochar. Só a impressão transforma essa promessa de fotografia numa fotografia real. Os resultados da impressão varreram todos os receios que mantinha quanto à qualidade do meu material e das imagens que recolhi com elas. Tenho neste momento em meu poder cinco fotografias fantásticas que não me canso de olhar. Mesmo quando as observo de forma crítica, não consigo encontrar nenhum defeito que me faça repensar a maneira como fotografo, ou a qualidade do meu equipamento. Se têm qualidade suficiente para expor ou comercializar é algo que, de novo, me escuso a comentar.  

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